domingo, 3 de julho de 2011

Os Majestosos bolos dos casamentos reais: Mônaco mais uma vez está nesta lista.

        Desde o início da semana passada as realezas do  mundo todo estavam agitadas – o motivo era mais um casamento real, desta vez quem subiu ao altar foi o príncipe Albert II, de Mônaco, com a plebéia Charlene Wittstock, que se tornou Alteza Sereníssima princesa de Mônaco..
Muita gente falou da empolgação do principado pelo casamento do filho da eterna princesa Grace Kelly; outras pessoas se preocupavam com o vestido da noiva; e ainda existia os que se preocupavam com os convidados famosos do casamento...
Mas para este Barão uma coisa muito bacana me chamou a atenção, mais do que qualquer um dos fatores acima citados: a opção do Chef responsável em montar o menu especial da recepção. no dia 2 de julho deste ano, foi  tão autentica e genial que me comoveu: o Chef resolveu  fazer um Buffet sustentável à moda mediterrânea, inspirado no desejo dos noivos. Por este motivo, este Chef, que já eh reconhecido mundialmente como um dos melhores do mundo, se torna cada vez mais uma das pessoas que mais admiro no mundo gastronômico. Parabéns Chef Alain Duccase!!!
Alain Duccase
          O chef Alain Duccase teve a ajuda de 350 pessoas na cozinha, para montar um banquete para cerca de 450 convidados. Os noivos pediram para o chef fazer um menu inspirado na cozinha mediterrânea, com produtos da região. "No jardim do príncipe crescem muito bem as berinjelas, pimentas... Quando ele me convidou para o trabalho, eu já avisei que teria que plantar mais. O que vou cozinhar no dia do casamento, será colhido na mesma manhã". O chef já definiu que o bolo de casamento terá a flor nacional da África do Sul, que é o país natal de Charlene, e também um vinho do país será servido na recepção. "Não é um menu formal. Não haverá nenhum peixe nobre, mas sim de pesca sustentável. Nem terá caviar. Nos arriscamos em um menu mediterrâneo um pouco atrevido", contou Chef Alain.
"Tão elaborado quanto simples em sua intenção", diz o comunicado. Segundo o Principado, o banquete, servido ontem a noite na Ópera Garnier, teve também 150 quilos de peixe de dez tipos diferentes, 50 quilos de morangos, 30 de amoras e 20 de framboesas, assim como 100 litros de leite para elaborar o sorvete que acompanha uma das sobremesas.
Como entrada, foram servidos "barbagiuan", uma espécie de empanada com massa fina, recheada de espinafres, alho-poró, cebola, salsa, manjericão e, entre outros ingredientes, ovo e queijo parmesão.Na sequência, em um prato "grande, ovalado e generoso", o menu incluirá verduras e tainha marinada, pescada por Gérard Rinaldi, da última família de pescadores em Mônaco.
O cardápio prosseguiu com trigo cozido com cenouras, alcachofras, alho-poró, ervilhas, aipo e cogumelos, "uma homenagem à cozinha saudável, modesta e saborosa". E antes de passar às sobremesas, camarões dourados, linguado e polvo, acompanhados de batatas, "aludem às cenas míticas das antigas ribeiras, brilhantes e repletas de azul".
Já na parte doce, a primeira das duas sobremesas foi servida em uma taça de cristal, composta por morangos, framboesas e amoras colhidas nesta mesma manhã, sobre uma porção de gelatina light, prestando homenagem ao vermelho, uma das cores nacionais do Principado.
A mesa de honra estava disposta em forma de "T" e distribuiu em uma das pontas Albert 2º, Charlene e seus respectivos familiares, enquanto na outra ponta ficavam chefes de Estado e membros das famílias reais.
Os demais convidados, segundo o comunicado, foram distribuídos em mesas-redondas de dez assentos. Após degustarem o jantar, todos poderão admirar o espetáculo de fogos de artifício e o baile de encerramento do dia.
O chef francês Alain Ducasse, encarregado da elaboração do jantar oficial do casamento, afirmou que os convidados teriam um menu "magnífico, elegante e saudável" tanto para degustar quanto para observar.
Mas além de prestigiar o pedido dos noivos e a ação do  Chef junto á criação de um menu “de responsabilidade social” minha curiosidade se voltava, ainda, para o bolo do casamento.
Para mim bolo é coisa séria. É um dos adereços mais importantes nas comemorações – tanto, que  fico aflito na hora sagrada daquela foto onde o  bolo  é cortado. Por este motivo, e em virtude ao bolo estiloso do casamento real de Mõnaco, este post será dedicado aos bolos – quase obras de arte – dos casamentos reais.
Pra começar, vejamos o comunicado que o Principado de Mônaco expediu aos meios de comunicação do mundo todo: Duas mil flores de açúcar coroam neste sábado o bolo de casamento dos príncipes Albert 2º e Charlene de Mônaco, formado por sete andares, um metro e meio de diâmetro e dois e meio de altura.

Os 500 convidados da cerimônia religiosa deste sábado poderão apreciar e degustar um bolo de amêndoas, "com uma fina compota de groselhas e mousse light de baunilha, recoberto de chocolate branco e de algumas pérolas de groselha". Até as flores de açúcar fazem homenagem ao país de criação da noiva. Elas simbolizam a prótea, flor nacional da África do Sul.  
Protea
As Proteas são da familia dos fynbos, flores bonitas e exóticas originárias da África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. A mais famosa das variedades existentes é a King Protea (ProteaCyranoides) a flor nacional da África do Sul.O nome Protea foi criado em 1735 por Carlos Linneo em homenagem ao deus grego Proteus que podia mudar de forma à vontade e existem inúmeras proteas de formas diferentes. A família das protaceas existem há muito tempo , seus ancestrais cresceram em Gondwana há mais de 300 milhões de anos.Na África , 92% de suas espécies se encontram na região floral do Cabo. A extraordinária riqueza e diversidade de suas espécies se devem ao solo.
Ainda recente, o  casamento dos duques de Cambridge: príncipe William de Gales e Catherine Middleton, no Palácio de Buckingham, contou com um majestoso o bolo de casamento confeccionado por Fiona Cairns,  composto por 17 bolos de frutas individuais montados em oito andares, e foram decorados com 900 flores de açúcar e cobertos com creme de confeiteiro usando a técnica de Joseph Lambeth.

O bolo também teve simbologia garantida: as flores representam a rosa da Inglaterra, a flor do cardo da Escócia, o narciso de Gales e o trevo de quatro folhas da Irlanda. Alem das flores que simboliza o reino Unido, o bolo ganhou ainda o charme de várias flores como o lírio, que representa a ternura; a hera, representando casamento; e a delicadeza de rosas brancas, que são símbolo de felicidade; a folha de carvalho, ligada ao trono britânico, símbolo de força e resistência.


E para não fugir da tradição, o príncipe William ainda pediu um bolo de chocolate confeccionado pela confeitaria McVitie’s. Ambos ficarão expostos durante as cerimônias de comemoração na Galeria de Quadros do Palácio, em meio a telas de Rembrandt, Poussin e Rubens.

Esse é David Avery o criador do  bolo principal (um dos mais de vinte bolos) do casamento de príncipe Charles e princesa Diana, na década de 80.  Estima-se que tenha levado cerca de quatorze semanas para ficar pronto.

Acima, o bolo super detalhado, uma obra de arte, do casamento da Rainha Elizabeth II com príncipe Philip, na década de 40.


Outro bolo cheio de detalhes, parece mais um belo castelo, foi o do casamento da Rainha Mãe -  Elizabeth com Rei George VI, década de 20. Até hoje foi o bolo mais bonito que já vi.

Mais um bolo espetacular foi este, preparado em novembro de 1934, para o casamento da Princesa Marina, da Grécia e Dinamarca, e do Príncipe George, o Duque de Kent.

Este aí em cima, com seus 10 andares, particularmente o mais simplórios entre os já apresentados aqui, deliciou os convidados da princesa Victoria e do príncipe Daniel da Suécia.


Em Mõnaco, nos anos 50, o Príncipe Rainier III casou com a belissíma Grace Kelly de Mônaco . Ao fundo, um bolo de casamento tão belo e elegante quanto a noiva.


Com esta imagem você deve estar pensando sobre a grandiosidade deste bolo que foi preciso cortá-lo com uma espada.  Na realidade, cortar o bolo com espada é uma tradição em alguns casamentos reais. Tradição cumprida acima na imagem do o bolo da rainha Rania e do príncipe Abdullah da Jordânia, nos anos 90.
Em julho de 1995, em Londres, casavam o príncipe Pavlos, da Grécia e uma conhecida herdeira americana, Marie-Chantal, numa cerimonia repleta de guirlandas de flores. O bolo então não fujiria da temática campestre e romântica do casamento.
Outro bolo que foi cortado com uma espada, mais parecia uma renda. Era o bolo Rainha Noor com o Rei Hussein, da Jordânia, nos anos 70.
E depois de tanta beleza só aumenta minha estima pelos confeiteiros e doceiros do mundo. Espero um dia, eu mesmo, ser um destes (risos). Enquanto este dia não chega, melhro ir preparar barbagiuan ao som de uma das músicas do casório.
BARBAGIUAN (Tradicional)

Em Mônaco pode-se degustar de "todas" as especialidades ocidentais, assim como todos os pratos da cozinha francesa. Esta última é a que marca as diretrizes da cozinha monagesca. Entre os pratos tradicionais ou locais, há que destacar o Barbagiuan, uma espécie de empanadinhas fritas recheadas de abóbora (calabaza) , arroz, ovo e queijo.

Ingredientes

500g de farinha de trigo com fermento
½ xícara de azeite puro de oliva
1 colher de café de sal
Água

Preparo: Misture tudo até atingir consistência de massa, espalhe e corte em retângulos. Prepare um recheio de queijo, presunto, tomate, cebola, alho, salsa, abóbora cozida, pimenta, ovos e farinha para dar a liga. Recheie os retângulos, prepare como ravióli ou frite como pastel. Cubra com molho a gosto se preferir.

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